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E tudo se encaixa...







...Novidades virão?
Sim muitas...Aliás já estão vindo.
Muitas vezes lá no comecinho da nossa convivência tive vontade de amputar meu braço e te dar...Me questionei:"-Porquê não foi comigo?" eu sei da minha capacidade de superação!!!
Mas pensando bem...Foi comigo sim...Pois está sendo com você meu querido filho.
Todos os seus sentimentos vou sentir com você,todas as suas conquistas eu vou comemorar como se fossem minhas!!Quando doer em você vai doer mil vezes mais em mim...
Como o médico da AACD disse.Você vai ter uma vida normal,brincar,levar bronca...Talvez tenha dificuldade para engatinhar...Mas e daí!!A Rafaella não engatinhou tambêm!!!
Aprenderemos juntos a superar cada obstáculo,e um dia riremos de qualquer dificuldade que ficou no passado.
O que me dá mais medo é o preconceito do ser humano sabe...Tanto que,se eu podesse iria para a escola junto com você,sairia com seus amigos junto...Para ninguêm te magoar!!!
Sendo que as pessoas que cruzaram com a gente por aí,demostraram muita soliedariedade...Uns perguntam;outros só olham;uns fingem que não vê,talvez para não me constranger(como se fosse!!).Acho que como diz a propaganda da Coca Cola os bons ainda são a maioria,rss.
Eu que nunca fui muito engajada,vejo que a cidade precisa de mais adaptação...E de acessibilidade e inclusão.É tudo novo,um mundo novo...que eu estou conhecendo aos poucos.
Espero que um dia vocês possam ver esse Blog meus queridos filhos.
Ele é só um resumo do meu amor por vocês!

Vou deixar aqui esse trechinho de um poema,e as fotos que estão ali em cima são do Léo,com a irmã mais velha Rafaella e comigo.
A partir de agora vou contar só as coisas dos dias atuais!!

Eu te amo como se ama um cachorrinho verde.
Porque meu amor por ti foge da lógica e da razão.
Eu sei, eu sei; cachorrinhos verdes não existem.
Por isso meu amor é forte, ele vence a inexistência.
E superou o senso comum, que ama só o que é normal.

Mario Quintana

O que é Brida Amniótica?


A brida amniótica ou, mais corretamente, a banda constrictiva amniótica congênita consiste num anel de tecidos embrionários que envolve, total ou parcialmente,o feto interrompendo, ou não, seu desenvolvimento.
A embriogênese dos membros se manifesta por volta do 32° dia de gestação quanto surgem os brotos que serão os bracinhos e as perninhas.
Em qualquer circunstância o crescimento é segmentar e progressivo até constituir as mãos com os respectivos dedos ou os pés.
Numa fase qualquer da embriogênese pode formar-se uma banda que ou interrompe o crescimento do membro ou abraça, total ou parcialmente,um determinado segmento do membro em desenvolvimento.
A patogenia da banda é devida ao deslocamento da membrana amniótica do corion com ruptura daquela e subseqüente aderência ao bebê.Como decorrência, o crescimento do membro pode
ser interrompido ou se formar apenas um anel que envolve,total ou parcialmente, o segmento afetado.

Popularmente dizendo....

É uma fibra interna da bolsa,da placenta,que gruda no bebê,impedindo que o órgão que foi grudado se desenvolva.

Não existem causas cientificamente provadas para isso acontecer.
Simplesmente acontece...

*A ilustração acima é de um bebê já formado de 21 semanas...Postei ela para vocês terem uma idéia da onde saem essas fibras e do que acontece.

AACD



Assim que as coisas foram se acalmando liguei para a AACD para saber como funcionava,quais eram os procedimentos para ele passar por lá.
A telefonista que me instruiu falou que o tempo de espera na lista era de mais ou menos seis meses.Demorado,mas mesmo assim encaminhei o laudo médico e é claro,iria esperar o tempo que fosse,pois seria uma dádiva conseguir lá para ele.
Eis que no dia 15/03 me ligaram de lá,perguntando se tinha como eu comparecer na entidade para uma triagem! E eu respondi que sim,claro!A consulta foi marcada para o dia 21/03.
Chegamos lá no dia marcado e ficamos admirados com a imensidão do complexo deles.
Quantas pessoas eram atendidas por ali,quantos casos...
É claro que nessa hora você vê muitas coisas que te sensibilizam,te passam compaixão e amor ao próximo...
Mas tambêm fazem você vê que o que você está passando não é nada perto de outros dilemas bem mais complexos.
Tudo o que os outros médicos não tinham me falado até aquele momento o ortopedista infantil Dr Antônio Carlos Fernandes
  me falou.
ele me explicou que o que aconteceu com o Léo se chama Brida Amniótica.
Conversamos muito,o Léo ficou todo risonho enquanto o doutor o examinava,testava os reflexos dele com o martelinho...
O doutor falou que ele é uma criança sadia que os reflexos dele são perfeitos.
Que ele iria solicitar uns exames que fazem parte da rotina para crianças com esse tipo de má formação congênita.Exames nos rins,coração,raio X.
Mas que não era para eu ficar preocupada,pois era normal pedir esses tipos de diagnósticos.
Para ver se uma Brida não se alojou em um órgão interno,para ver a constitução óssea do bracinho dele.
Enfim!Pela primeira vez nesse curto(e longo ao mesmo tempo) período de tempo,um profissional me confortou!Saí satisfeita e feliz de lá.
Tudo o que eu queria era uma resposta clara e objetiva de uma pergunta tão simples:
"-Porquê?"
Demorei dois meses para saber o que só esse médico me explicou,o que outros poderiam ter me esclarecido.Ele me disse que faz parte da conduta(errada) de muitos médicos não explicar claramente os fatos para seus pacientes,parêntes.
No próximo post explicarei com detalhes sobre as Bridas Amnióticas.

*As fotos acima são do meu pequeno com um mês.

A apresentação "oficial".


(O texto a seguir postei junto com a foto acima no meu mural no Facebook no dia 12/01/2012.
Léo estava com 4 dias.Rendeu 42 "curtidas",muitos comentários e muitos choros tambêm!)

Enfim meu pequeno nasceu no dia 08/01 as 19:32 pesando 2900Kgs e medindo 48 cm.,depois de indas e vindas aos hospitais,a tal da dilatação que eu não tive em nenhuma das minhas gravidez...
Enfim hj ele esta aqui na minha cama dormindo que é uma beleza!!!Dorme bem de dia,à noite quer ficar acordado,kkkk.
Mas entre tudo isso teve um pequeno detalhe...Um pequeno detalhe sim,aos olhos de quem ama.
Na hora do nascimento do meu anjo,os pediatras não o trouxeram para eu beijá-lo como habitualmente fazem...O levaram para a sala de cuidados,e eu já fiquei agoniada com aquilo.
Começei a perguntar se estava tudo bem e a enfermeira falou que claro que sim para eu ouvir o seu chorinho.Nisso,alguns minutos depois a neopediatra o trouxe e me falou que ele nasceu com uma má formação em seu bracinho esquerdo.
Naquele momento eu fiquei mais zonza do que eu já estava,imagina na mesa da cirugia ainda!!!Chamaram o meu marido,liberaram a entrada dele no pós parto...Conversaram com ele,e eu só chorava...
Me questionei,questionei a Deus,me culpei,...Mas ao mesmo tempo fui ganhando forças dentro de mim que me falavam,que,de nada adiantava ficar triste eu tinha que ser forte!!!Por mim, por ele,por todos nós...A tristeza tinha que dar lugar a SUPERAÇÃO!!
Depois de algumas horas fomos para o quarto,eu e o Léo...Foi ai que eu vi que aquilo,aquela má formação no braço do meu pequeno que foi tão querido e tão desejado,não significava nada para mim.
Vi que ele continuava a ser o meu bebê que tanto queria que chegasse,ter em meus braços...
Quando vou comentar para as pessoas sobre o seu bracinho,digo que ele é meu "Anjinho da Asinha quebrada"!Meu "Nemo"!!
E tenho a certeza de que Deus sabe o que faz!!!!
Com certeza ele veio para uma família que dará muito amor e carinho para ele,aliás já ta dando!!!
***Seja muito bem vindo meu lindo Anjo!!!***
Mamãe e toda nossa família te ama!!

"Descobri que posso fazer tudo com apenas uma mão..Se DEUS tiver segurando a outra!!".

Chegamos pessoal!(Começando devagarzinho...)


Lá vai uma das várias fotos que já tiramos,rsss...
Editando o restante para montar o álbum do meu anjo!
*.*

(Essa foi a primeira foto que postei no mural do meu Facebook.
Nela resolvi não falar e nem mostrar nada.
Seria mesmo só um aviso para eu preparar o que eu escreveria contando tudo o que aconteceu.
O texto acima foi o que eu escrevi na descrição da foto.)

Apresentando meu anjo para o mundo.

Sabe,uma coisa realmente é #FATO (seguindo a modinha das redes sociais,rss)!
Quando você passa por um "perrengue",você enxerga as pessoas que estão ao seu redor no dia a dia.
No hospital as visitas foram mais restritas aos meus familiares mais próximos.
Quase ninguêm sabia que eu tinha ido ganhar bebê,e não é todo mundo que vai no hospital.
Assim que eu cheguei em casa e a notícia foi se espalhando do que havia acontecido,recebi muitas visitas.
Sei que é da natureza humana a solidariedade,a curiosidade...E passei a entender que,as duas caminham juntas tambêm!
Mas tudo bem,ao menos todas as pessoas que passaram pela gente no início de tudo,nenhuma foi evasiva;a maioria tentou confortar a questionar.Seja em palavras,gestos...Tudo isso cai bem melhor do que o silêncio da parte de muita gente que eu esperava ao menos um: "Vai ficar tudo bem".
E esse conforto,esse carinho foi e está sendo essencial até hoje.
Antigamente eu não entendia isso.Nunca gostei de ir em velórios por não me sentir bem.Hoje entendo que meu abraço pode sim fazer diferença para quem ficou com o coração doendo.
E foi pensando nesse carinho que eu fiquei com certo receio de apresentar meu filho ao mundo...
"-Como será que vai ser??"
Fiquei com medo de uma rejeição da parte de alguêm e eu não ver para defender a minha cria como uma leoa!
Não sei explicar...Bateu medo e insegurança só sei disso.
Um dos meus primeiros e maiores desafios foi apresentar meu filho na internet.
Tinha muitas pessoas no meu Facebook,no Orkut que acompanharam,curtiram minha gravidez comigo desde o momento que eu falei que estava grávida até o momento que eu sumi para ganhar bebê.

Quando eu acessei pela primeira vez depois que sai do hospital,vi muitos posts de amigos,parentes perguntando de mim:
"-E aí vc sumiu??" ou "-Já ganhou??"
Vi que todos estavam na expectativa.
Fiquei perdidinha...Mas pensei:Se eu não apresentar ele do jeito que ele é,vou estar mentindo não aos outros,e sim a mim mesma!
Eu mesma vou começar um preconceito com relação ao meu filho com medo do pré-conceito dos outros!
Até quando iria esconder?
E a principal pergunta:PORQUÊ esconder?
A hora era aquela.
O primeiro obstáculo da nossa vidinha nova que estava se iniciando cheia de novidades e coisas novas para se aprender.

Nota sobre as ultrassonografias.



Sei que muitas pessoas que estão lendo devem estar se perguntando aí do outro lado:
"-E as ultrassons realizadas durante a gravidez?Não identificou nada?"
A resposta dessa pergunta é não...
Na gestação toda fiz um total de três ultrassons.
Duas no início da gravidez,a primeira por causa do DIU,a segunda devido a um pequeno sangramento que eu tive,e a última com cinco quase seis meses de gestação...
Como eu parei de trabalhar desde que tive a minha primeira filha (fiz essa opção para cuidar dela) e não planejava ter o bebê,não fiz convênio,e mesmo se fizesse eles não cobrem o parto.Fiz o pré natal pelo SUS.
Não que seja o pior acompanhamento,mas,era um rodízio de médicos enorme,e como eu já havia feito um ultra normal com quase seis meses,já não dava tempo de fazer a morfológica,que é a que mede ossinhos,verifica órgãos.
O médico falou que esse é aconselhável fazer até os quatro meses.
Mas às vezes paro para pensar...
...Que,quando descobri que estava grávida,com 7 semanas o meu bebê já era assim!Nesse período eles já têm os bracinhos formados e com 8 semanas as mãozinhas com membranas entre os dedos.
Que se eu descobrisse na ultrassom,eu poderia me preocupar muito...(provavelmente pensaria:"-Será que é só isso??)
Nunca deixaria de aceitar meu filho,mas seria diferente...
...Eu não teria curtido tão intensamente como eu curti.
E vai entender né...Durante toda a gestação algo me preparava...Quando eu pesquisava na internet sobre gravidez li muito sobre bebês anencéfalos,e outras coisas do gênero...E nada daquilo me assustava!
Hoje acredito que era Deus me confortando...me preparando.
Na minha primeira gestação não tive esses interesses!


*A primeira foto é da última ultrassom,que eu descobri que era um menininho.
*A segunda foto é de um feto de sete semanas de gestação.

O quarto


A minha primeira noite no hospital foi simplesmente horrível!

Tirando a dor que aumenta conforme a anestesia diminui, a minha cabeça não parava de trabalhar. A consequência disso foi que eu não consegui dormir. O Léo dormiu a noite toda naquele bercinho de plástico, com uma roupinha de hospital.

Eu não parava de pensar. O que aconteceu?Como e por quê?Quando eu conseguia tirar raros cochilos, meu subconsciente me recordava e até dormindo eu questionava. Juro que deu vontade de me beliscar para ver se tudo aquilo era real. Há mas era sim! Meu corpo e meu coração estavam em sintonia com a dor!

Sei que em um momento de distração, olhei para o meu lado e vi uma moça com os cabelos desgrenhados, e sem o seu bercinho do lado. Estranhei, a curiosidade bateu... Mas independente de que horas fosse naquele momento não era hora de eu ficar bisbilhotando a vida dos outros.

O dia amanheceu rápido, talvez por eu não ter dormido nada. Foi aí que olhei para o meu filho de verdade pela primeira vez. O peguei no colo,tirei a roupinha de hospital... E vi que nada daquilo iria abalar a minha felicidade!!!

Meu filho tão querido, tão esperado por todos nós estava ali. Lindo, vermelhinho e cheio de saúde! Seu bracinho seria apenas um detalhe que com certeza iríamos aprender a conviver.

Decidi a partir daquele momento que seria forte. Que existem SIM problemas maiores do que esse.

Lembrei-me que um dia antes do nascimento dele eu assisti ao Caldeirão do Huck e me admirei com uma passista de escola de samba, que sambava sem uma perna!

Ela usava uma muleta e irradiava felicidade!!

Decidi ser forte por mim, pelo meu filho, pelos meus filhos, pela minha família.

Sei que com a minha força,todos ao meu redor iriam encarar a tudo isso com admiração de nos ver com a cabeça erguida e que ninguém iria nos achar dignos de pena. Tudo naquele momento dependeria da minha reação.

Convivi nesses três dias com enfermeiras solidárias, médicos atenciosos, colegas de quarto especiais.

Agradeço muito a uma enfermeira chamada Antônia (nome da minha mãe) que me confortou muito com doces palavras no momento que me abati, e a Dra.Cláudia que nos deu o encaminhamento para a AACD.

Agradeço a aquela moça que citei logo ali em cima por me emprestar uma roupinha da sua filha que estava na observação infantil. Tinha chegado a hora de dar banho nos bebês e minhas coisas ainda não tinham chegado. As visitas só começavam às dez da manhã e o primeiro banho era antes das oito!

Não me recordo o nome dela, mas sim da sua história. Em resumo, conversando com ela, perguntei por que a criança dela não estava ali. Ela me contou que não podia amamentar porque era dependente química. Usava de tudo das drogas mais simples como álcool, até as mais pesadas como o crack.

Uma psicóloga que foi conversar comigo durante a internação a usou como exemplo:

“-Filha. Deus tudo sabe. Imagina se essa criança viesse para essa mãe? Com que preparação psicológica ela iria cuidar desse bebê? Seu filho veio a vc´s porque Deus sabe que ele vai ser muito amado independente de qualquer coisa!”

Sei que quando ela pediu para ver o Léo, até ela se emocionou. “-E eu que usei de tudo na minha gestação, poderia ter minha filha assim”.

A filha dela? Era linda gorda e perfeita. Maior que o Léo! Talvez seja essa criança que lutou tanto para viver já dentro do útero que virá a cuidar da mãe dela futuramente.

Deus sabe o que faz.

(foto tirada no quarto da maternidade)

Nasceu!!



Enfim depois de tudo, de tanta espera meu pequeno veio ao mundo!

Nasceu às 19h32min no dia 08/01/2012, pesando 2855 e medindo 48 cm. Não era um bebezão como eu imaginava... Mas isso era o de menos naquela hora.

Mas como eu já havia dito no meu post anterior estava tudo meio agitado, diferente da minha primeira experiência... Não ouvi o choro do meu pequeno (até aí tudo bem, não tinha ouvido o da minha menina também), ouvi alguém falando: “-Olha o bracinho dele”. Um sussurro de algum enfermeiro, uma médica, hoje não consigo identificar de quem foi aquela voz, de tão tumultuada que a coisa tava. Pensei rápido (foi tudo muito rápido naquele momento) “Será que o cordão enrolou?”.

Nisso não o trouxeram para eu vê-lo, para eu sentir o cheirinho, conhecer enfim o meu bebê. Aí a felicidade começou a virar preocupação. Perguntei para uma moça (devia ser enfermeira) onde estava o meu filho, e ela me respondeu:

“-Calma, está tudo bem com ele”. Está ouvindo seu chorinho? Realmente comecei a prestar atenção e não tão longe dali ouvi o seu choro.

Mas mesmo assim estava aflita, por que não o levaram para eu o ver quando ele nasceu, queria ter o beijado como beijei a minha filha.

Foi quando a pediatra que acompanhou o parto o trouxe, embaladinho em um lençol e falou:

“-Mãe, parabéns aqui está o seu filho. Ele nasceu com um probleminha no braço esquerdo, mas olha ele é saudável!”

A ficha demorou a cair. Problema?Ela o desenrolou e eu vi. O braço do meu pequeno não havia se formado, só desenvolveu até o antebraço...

Eu fiquei sem ação. Mas mesmo assim tive a melhor reação que poderia ter naquele momento. Ela o aproximou de mim. Eu chorei e o beijei. Não sei se o choro foi de remorso, felicidade. Isso eu nunca vou saber responder... Eu estava zonza, abatida e feliz... Foi um misto de sentimentos que até hoje não consigo narrar.

Enquanto a equipe de enfermeiros preparava a minha remoção para a sala de pós-parto, a médica o levou e o mostrou para o meu marido. Pois é, depois que meu filho nasceu alguêm o chamou e ele conseguiu ver o bebê!

A médica conversou com ele também. Liberaram a entrada dele no pós-parto, e ele mesmo abatido foi me consolar. Foi quando ele chegou perto de mim, que eu me lembro de que realmente chorei de dor.

Liguei para o meu irmão e ele me perguntou se estava tudo bem. E eu falei que estava, mas ele tinha o bracinho mal formado. E depois disso não consegui falar mais nada eu só chorava.

Meu marido com o celular tirou as primeiras fotos do nosso pequeno. Ele se foi, e eu e o Léo ficamos. Enquanto eu me recuperava da anestesia, via-o mexendo as perninhas... Aí eu me distraia... Sei que foram momentos de agonia. Culpei-me, culpei os médicos, questionei a Deus, nossa eu me afundei em um mar de questionamentos, remorsos e culpas.

Quando a minha filha nasceu eu olhava ela toda para ver se estava tudo bem, contei os seus dedinhos.Ele eu já sabia que faltavam os cinco dedinhos, a mãozinha esquerda. Não tive tempo para contar nada.

E se eu achasse algo mais, acho que seria insignificante.



(A foto acima foi a primeira foto enfim,na sala de pós parto)

41 Semanas.



Os dias foram passando e nada do meu filhote querer vir ao mundo!
Nada de contrações,nada de dor...
Eu até ficaria mais agoniada do que eu fiquei se fosse mãe de primeira viajem!
Mas com a minha primeira filha tambêm foi assim.
Não tive passagem e ela veio ao mundo de cesárea.
Ele estava previsto pela data da ultrassom e do médico para o dia 02 de janeiro.
No dia 1° eu passei mal!
Senti umas dores na barriga que nunca havia sentido antes...e pensei será que ele virá de parto normal?Chegou a hora dele nascer??Suava frio e não sabia se era de anciedade ou de dor...
Fui para o hospital e o médico fez o exame...Não era contração!Era dor de barriga mesmo!!!
Passei mal devido a comilança do reveillon!!!
E assim foram se passando os dias...Ia para o hospital,dia sim,dia não.E nada de entrar em trabalho de parto.
Até que eu fui para o hospital no dia 08/01(quase uma semana depois da data prevista) pensando:-Têm que ser hoje não pode mais passar dissso!!!
Finalmente me internaram!
Caramba,se eu já tinha um histórico de não ter passagem da minha primeira gravidez,por que eles ficam segurando,adiando!
Fiquei mais de seis horas na sala de pré parto para fazer o desjejum...é um tal de comer para fazer cardiotoco,não comer para fazer cesárea...
No último cardiotoco que fizeram não conseguiram escutar as batidinhas do coração dele direito.
Foi quando às 18:30 me levaram para a sala de cirurgia.
Estava avisado para o meu marido acompanhar o parto.Ninguêm na recepção o chamou!
Ficamos eu internada e ele lá embaixo na recepção sem entender nada.Falta de comunicação e erro do pessoal do hospital mesmo!
Fiquei sozinha...Sabe,quando você têm a consciência de que vai estar só,você se prepara para aquilo.
Agora quando você conta que determinado alguêm vai estar do seu lado,e isso não acontece...Parece que você fica sem chão.
Fiquei triste porque meu filhote não ia ter a foto do momento em que nasceu...
Mas tudo bem...Eu já tava lá mesmo né,e meu filho tinha que nascer,pois dia 09 ele completaria 42 semanas.
Tensão da minha parte e da equipe médica é um tal de puxa dali,empurra daqui!
Um enfermeiro veio por cima de mim e empurrava minha barriga para baixo!
Mas tudo isso faz parte,nenhum parto é igual ao outro,assim como nenhuma gestação,nenhum filho...
Para mim o que importava é que em questão de minutos o meu bebezinho que não tava nada afim de sair da barriga da mamãe estaria nos meus braços e eu enfim iria ver a carinha de quem me chutava tanto!!!
Que ele viesse cheio de saúde e o resto seria só alegria!

O que haveria de dar errado?




Gravidez desejada,minha filha crescendo linda e muito inteligente
(e eu uma mãe tipicamente coruja né!!).
Minha união com meu marido estava muito boa...
Ele que era tão relutante em questão ao segundo filho acabou que adorou a idéia!
Graças a Deus estava tudo bem!
É claro que a gente sempre têm do que se queixar da vida né!
É claro que eu tinha receios de mãe na gestação...qual a gravidinha que não os têm?
Eu tambêm senti todas essas sensações e medos na minha primeira gravidez.
É normal.
Mas lá no fundo,eu sempre me senti uma privilegiada por Deus não só nesse momento,mas em todos em minha vida.
Já perdi,já sofri,já doeu,já chorei...Já ganhei!!!
Mas eu sempre consegui sorrir diante das dificuldades.
O título de "A sofredora" nunca caiu bem em mim.
Lá no meu íntimo estava me sentindo realizada,como mulher,em ser mãe pela segunda vez.
E curti demais esse momento!
Me emocionei ao descobrir que era um menino,
(e me senti muito abençoada né!Um casal!!!)
Preparei o chá de bebê,o bolo de fraldas,tirei fotos da barrigona,fiquei boba com cada chute do meu filhote(a Rafaella era tão preguiçosa para mecher dentro da barriga...ele eu senti bem mais),
fiz uma lista com uma dezena de nomes...
Fui riscando com caneta vermelha os que eu não queria...
Eis que ficou Leonardo!
Adorei o significado:Homens fortes como um leão.
Eu nunca imaginava que o nome que eu havia escolhido tinha tanto a ver com o meu filho...

Um pouco sobre a nossa história.


Era uma vez uma família composta por três pessoas...
...Eu,meu marido e minha filha que hoje têm três anos a Rafaella.
Não,nós não nos noivamos,planejamos o casório.Foi tudo bem as pressas porque eu engravidei.
Vim morar com meu atual marido (Fábio) quando minha filha tinha um mês,antes disso ele terminava de montar a casa.
Graças a Deus tudo foi dando certo,a gente mesmo entre umas diferenças e outras se dava bem.
E eu,senti necessidade de aumentar a família.
Não queria que a Rafaella fosse filha única,sempre quis que ela tivesse um irmão,um companheiro para toda a vida.
Vendo que estava dando tudo bem,e que ela estava crescendo rápido demais queria logo,pois não queria uma grande diferença de idade entre os dois.Queria que eles
(ou elas)crescessem juntos.
O Fábio,no início não digeria muito bem essa minha idéia não...dizia que tava bom do jeito que tava.
E eu insistia com meu sonho de menina...
Nunca sonhei com uma família gigante...Mas sonhava em ter três filhos...
Depois que virei adulta e vi que a maternidade exige um bocado da gente reduzi esse número para dois!
E eu segui querendo muito...mas eu não tirei o método anticonceptivo(usava DIU)...e em meados de maio do ano de 2011 percebi o atraso do meu ciclo.
Falei para ele e fomos a farmácia comprar o teste.
Fiz e TCHARAM!!!GRÁVIDA!!!
Não me assustei,e sim me preocupei por causa do DIU.
Corri ao hospital e expliquei a situação.O médico que me examinou falou que estava tudo bem com o bebê que meu DIU estava totalmente deslocado,por isso engravidei!Ele removeu o DIU e a minha gravidez seguiu.
A diferença das minhas duas gravidez,é que a da Rafaella não foi planejada,foi um susto, eu não estava nada preparada,a minha vida era só minha!
Quem já passou por isso sabe do que eu estou falando!
Agora a do Leonardo não.
Por mais que eu não tinha parado a prevenção,eu queria muito,ele foi desejado,não teve susto quando recebi a notícia...
A semelhança das duas gravidez:Eu não programei,nenhuma das duas.
Mas mesmo assim a vida seguiu...
...E o amor que eu tenho aos meus filhos aumentando a cada dia...
 

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